sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Memórias



Mando-te um caminhão – desses do tipo basculante – com a caçamba cheinha de coisas boas.
Todas as vezes que se lembrares de mim, o caminhão descarregará aí em frente à tua casa – não te preocupes onde guardar tanta coisa boa, porque na realidade, em qualquer lugar do teu coração haverá de caber (ele é enorme!). Mas, tome muito cuidado! Junto com tão preciosa carga, estarei escorregando, por entre os pacotes, recheados de saúde, amor, paz, sossego, boa leitura, uma chuvinha de verão, tortas de morango, sabonetes de erva-doce, sorvetes, amizade, fotos antigas, cartas de amigos, beijos e abraços. Guarde também junto com tua família; agora e sempre plena de felicidade.
Abraço-te com cinco minutos de duração, ou mais... para que a energia do Cosmo seja repassada a nós duas, à tua família, aos amigos, àqueles profissionais que cuidam de ti e da tua família...

Uma grande amiga.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Perdas e ganhos


Quando trabalhava num pronto socorro, na cidade de São Paulo, vi muitos acontecimentos tristes, mães que abandonavam seus filhos recém nascidos, acidentados, doentes em geral. Deparei-me com muitos casos gravíssimos, que me deixavam muito triste. Eu pensava que aqueles fatos nunca aconteceriam comigo. Mas como já ouvi em algum lugar “a vida é uma caixinha de surpresas”.
Em minha vida essas surpresas foram aparecendo. Entes queridos foram para o outro plano, problemas de saúde foram se sucedendo. Algumas pessoas podem considerar tais fatos como perdas. Perdas de entes queridos, perda da saúde. Mas tudo isso é uma questão de perspectiva. Percebi que a cada experiência que a vida me apresentava, eu ganhava algo junto. Esse algo são os amigos que carrego no coração. Eles me fortalecem, me encorajam, me auxiliam. São anjos, que Deus coloca no caminho para nos sustentar nos momentos difíceis.
Portanto, posso dizer com certeza que na vida não há perdas, só ganhos.
Izis 

O Tempo



Parece que tudo gira em torno deste vilão, que nos acompanha desde o nosso nascimento. A maioria das situações é programada, ou seja, tem um tempo certo para acontecer. Mas qual fenômeno é responsável por este fator chamado tempo? Não existe um consenso, pois cada ser vive de forma diferente, mas posso salientar que, em minha opinião, o tempo é preenchido de acordo com as necessidades de cada um. Isso significa que você está usando o tempo que tem para fazer algo que julga necessário neste momento.
Aos nossos olhos, ou ao nosso entendimento, uma pessoa está ociosa, quando “não está fazendo nada”, ou seja, está em total inércia, dizemos então que ela está “perdendo tempo”. Mas não podemos tomar como realidade total tudo o que vemos, pois os fenômenos da vida não se resumem apenas no que vemos, ou ouvimos, ou sentimos, pois a realidade de cada ser é única e não temos como penetrar a realidade de outros, só conhecemos a nossa. Então, não podemos considerar inércia como perda de tempo, pois o que vemos parado é apenas o corpo somático. Todos sabemos que o cérebro trabalha vinte e quatro horas, sem parar, então não é preciso estar movimentando o corpo para se estar fazendo algo, pois o cérebro está em trabalho constante. Onde então a perda de tempo?
Quando estamos em casa com a família, ou num barzinho tomando um chope gelado, estamos satisfazendo uma necessidade, a de ser feliz, e, cada um tem maneiras diferentes de obter felicidade.
Mas é preciso ter um equilíbrio nessa questão, pois temos que ocupar o tempo com atividades, as mais variadas. Então temos que trabalhar, temos que nos alimentar, temos que dormir, temos que nos divertir etc. Cada situação tem o seu momento de ser realizada e este momento é aquele em que a necessidade de satisfazê-lo aparece e o bendito relógio desperta, avisando que temos que ir trabalhar para poder satisfazer nossas necessidades.
Portando a necessidade faz o tempo, que vemos aqui, não como a passagem cronológica dos acontecimentos de nossas vidas, mas as atividades que realizamos nessa passagem. Cada atividade preenche uma necessidade. Cada necessidade atendida, leva à seguinte e assim sucessivamente, num círculo sem fim. Este círculo é a nossa vida. Ocupamos o nosso tempo, vivemos, para atender nossas necessidades.
Qual é a sua?   
Uma coisa é certa, todos temos a necessidade de viver. 
Luiz Carlos