sexta-feira, 9 de setembro de 2011

O descaso da TUA com os cidadãos de Araçatuba


Mais uma vez me apresento a vocês com um protesto. Desta vez é o transporte urbano de Araçatuba, que está brincando com a população. Os usuários são desrespeitados, pois, a empresa (TUA – Transporte Urbano de Araçatuba) que atende nossa cidade não está cumprindo com o seu papel e com sua obrigação de forma adequada.
A linha que atende o bairro do Claudionor Cinti via Aguapeí está em petição de miséria. Os carros que são postos para atender a este itinerário estão sempre quebrados, deixando os usuários do Claudionor Cinti, Traitu e Guanabara em situação delicada, quanto ao atendimento. Várias vezes o ônibus que faz a linha deixou de passar pelos pontos do Traitu, deixando no meio do caminho estudantes, trabalhadores e pessoas com consultas médicas marcadas. Os atrasos são constantes, fazendo com que se perca a integração com outras linhas e a empresa não faz o ressarcimento dessa perda.
Quando se liga na empresa para saber o que estão fazendo para melhorar esta situação, o telefone está ocupado ou não dá linha.
Ao ser interpelado por um usuário, um dos ditos diretores da empresa disse, de forma sarcástica: “Você está usando o coletivo por que quer”. Com essa declaração mostra o total desinteresse da empresa em cumprir com o seu principal papel, o de atender de forma adequada as necessidades dos usuários, com relação ao transporte dos mesmos, que aqui entre nós não é barato. 
A empresa adquiriu alguns veículos novos, mas ainda  tem grande parte de sua frota formada por carros antigos e com problemas mecâncos.
Então eu pergunto o que nossa prefeitura e nossos vereadores estão fazendo para cobrar da TUA o cumprimento de suas obrigações para com a população araçatubense?
Até quando nossos cidadãos vão ter que aturar a falta de respeito e o desinteresse da TUA em oferecer a nossa cidade um atendimento de qualidade?
Luiz Carlos  

terça-feira, 6 de setembro de 2011

O Branco Desbotado


O médico olha os exames e diz.
_ Como eu esperava, seu caso é cirúrgico.
_ Então o senhor vai fazer a cirurgia no meu braço doutor? – Pergunta a paciente, nervosa.
O médico cruza os braços, encosta na cadeira e responde.
_ Não, eu não vou fazer sua cirurgia.
A paciente, toda confusa diz.
_ Mas o senhor não disse que o meu caso é para cirurgia?
_ Sim, foi o que eu disse! Responde o médico.
_ Então o senhor não vai me ajudar a ficar livre dessas dores? - Fala a paciente, já meio chorosa. – O senhor não vai fazer a cirurgia no meu braço?
O médico joga o corpo para frente, apóia os cotovelos na mesa e diz.
_ Veja bem, eu não vou deixar meus pacientes, do consultório, só para fazer sua cirurgia. Não ganho para isso. Procure outro médico.
A paciente, incrédula com o que ouvia, perguntou.
_ Quer dizer então que o senhor vai me abandonar com essas dores?
Eu vou receitar alguns analgésicos e antiinflamatórios. – Diz o médico, já pegando o receituário.
_ Mas não é isso que eu quero. Esses remédios não resolvem mais nada! – Fala a paciente, com o sangue a lhe queimar nas veias. – O senhor então vai me encaminhar para outro médico? – Pergunta ela.
_ Não, eu não vou, não ganho para isso! – Fala o médico, jogando o receituário na mesa. – Vá à recepção e fale com as meninas que elas vão lhe ajudar. Você está de alta. – Termina o dito médico.
A paciente, arrasada, pega sua bolsa e sai, estarrecida com tudo que ouviu ali.
Infelizmente, este é um dos quadros que vemos dentro dos consultórios, de alguns médicos, da rede pública. O descaso, a indiferença, o desprezo para com os pacientes é uma constante, que nos deixam indignados.
Podemos dizer que a saúde pública está na UTI (unidade de terapia intensiva). Quando não são os péssimos médicos, descarregando na população, sua revolta com os baixos honorários, é o próprio sistema que nega ao paciente o tratamento adequado, não lhe oferecendo suporte para exames e tratamentos.
Nossos governantes criam várias siglas sugestivas, para nos convencer que naquele espaço vamos encontrar o tratamento adequado. Só que fazem tal ato, para usarem mais tarde em suas campanhas eleitorais. Não se importam se a nova instituição está realmente atendendo às necessidades da população, fazendo jus ao conceito usado para sua criação. Do que adianta novos ambulatórios, pronto socorro, hospitais se nada funciona! Para que espaços luxuosos, se os profissionais que estão ali não têm o mínimo de respeito pela população que precisa dos serviços que, supostamente, prestam? Mas aqui entre nós, eles criaram, mas não vão se tratar lá, passam bem longe, a quilômetros de distância. Não adianta construir lindos espaços. É preciso muito mais do que isso.
Quando encontramos médicos dedicados e preocupados com a saúde da população, estes são barrados pelo sistema de permissibilidade, ou seja, não encontram suporte para exames e tratamentos. Tudo dependerá dos custos. Aí, os coitados, dos pacientes, vão para longas filas de espera, ou terão que entrar em processos judiciais, ainda mais longos, para terem o “direito” de serem tratados, caso haja tempo para isso.
A situação é crítica e os bons profissionais acabam entrando na roda, por causa de seus “companheiros” mercenários. Muitos profissionais pensam apenas nos ganhos que podem ter e não no que podem realizar.
Faço aqui dois pedidos, o primeiro é de desculpas aos bons profissionais, que devem ficar indignados e com vergonha pelos atos desmedidos e impensados de alguns de seus colegas de profissão. A esses que se dedicam, realmente, ao exercício da medicina, nossos agradecimentos. O segundo é dirigido a toda população. Prestem atenção em quem vão votar. Não dá para ficar brincando de picadeiro com nosso país. Vamos analisar com rigor nossos candidatos, para que o nosso chão não fique manchado com o sangue dos desvalidos e o branco da saúde pública não fique desbotado com a sujeira dos corruptos e dos gananciosos.
Cuidado, pois a história (verídica), contada acima pode acabar sendo a sua.
Luiz Carlos

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Ipê



A natureza é um dos cartões postais que me inspiram. Ainda mais quando elas mostram seu colorido, acalmando-me e me fazendo esquecer, por alguns minutos, os meus problemas, ou melhor, algumas dificuldades que no decorrer do tempo vou tentando resolver.
No mês de agosto, o que mais me encanta são os ipês. Parecem até dizer algo bem lá no meu íntimo. Seu colorido é tão belo!
Por onde passo, quando vejo um ipê florido, sinto algo maravilhoso e percebo quanto viver é importante. Nele sinto uma mensagem de Deus sobre amor, caridade, perdão e tudo o que há de mais belo.
Ipê, árvore imponente e quando florida mostra sua beleza a todos que por ela passam. Não tem quem não admire você Ipê!
Izis



 Para mim o ipê representa um mensageiro, pois suas flores se apresentam em exuberância, avisando que logo terá início a primavera.
O ipê branco, em minha opinião, é o mais breve dos carteiros, pois sua mensagem tem a duração de apenas um dia. As flores tomam toda a copa da árvore, ocupando o lugar das folhas e parece que estamos olhando para um véu de noiva, lindo. Mas da noite para o dia as flores caem, deixando a árvore nua, apenas notamos os galhos apontando para o céu, como a se lamentarem pela perda. Esta nos faz refletir quão breve é nossa vida, que num piscar de olhos passa e, quando percebemos as perdas que tivemos, erguemos os braços ao céu e ficamos a nos lamentar.
Como tudo na vida é uma questão de perspectiva, cada um irá receber a mensagem que mais lhe aprouver, para uns poderá representar tristeza por ter perdido oportunidades que não poderá mais se apresentar em suas vidas, pois o tempo passou e não foi percebido, não foi apreciado; para outros será um sinal de esperança, de recomeço, de novas oportunidades, de que não existe um fim absoluto, sempre podemos recomeçar e seguir em frente.
Ela também nos passa uma mensagem de saudade, pois quando suas flores caem, ficamos a imaginar de como estava e sentimos saudade daquela visão maravilhosa. Assim, também ocorre em nossas vidas, após vivermos momentos lindos e maravilhosos, fica em nós a saudade daqueles tempos, que sempre revivemos em nossa memória.
Assim como acontece ao ipê, nossas vidas são mensagens, que deixamos para serem apreciadas pelas outras pessoas, então eu pergunto, qual o tipo de mensagem que você quer deixar para servir de exemplo às futuras gerações?
Luiz Carlos